II
Vai-te para dentro
de mim agora, ou
respira para longe
esse bafo a sorte
a agoiro a felicidade;
rastejas como um
fio de sangue aos
pés da estátua do
meu corpo erecto
mas não semearás
mais vermelho no
pálido tecido da
minha angústia.
Ignoro o dia hora
e cor do instante
perplexo em que
te abracei, com o
nojo pintado nos
olhos e o medo a
sorrir de inocência,
mas sei o cheiro a
que fazes cheirar,
à distância de um
pensamento azul
como o fedor de
uma cobra na sua
labuta de câmbio
vítreo e iniciático.
Encaro-me com a
paixão do cadáver
pelo escuro, pela
profundeza do
inquietante ermo
onde divaga, além;
mas não me sujeito
a um poder que não
tens, a uma vontade
que não é tua, nem
a um pensamento
que inventei para ti.
1 comentário:
Coloquei um link ao teu blog no meu último post. É que andamos os dois numa de "diabo"! Bato na madeira!
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