domingo, janeiro 02, 2005

o início de mais um fim

a náusea antecipada de mais uma incompletude anunciada pelo esquecimento e pelo desvario de deus em mim, por mim, de mim...
o imenso infinito indefinível tormento da estreiteza dos horizontes que não são de ouro, de cinza quanto muito.
o primeiro relance de um olhar apagado pelo facto de a luz se consumir na extensão da madrugada não onírica, de vigília à beira de um sopro.

2 comentários:

lu disse...

Mãos vazias... não completaste a frase. Se fosses meu aluno, teria que colocar um ponto de interrogação.
Que bom foi ler-te.

Deixo, para não te surpreender, um ponto de interrogação, também

?
O que é a Vida, senão um extenso ponto de interrogação?

Adónis disse...

início
A náusea do incompleto imenso infinito indefinível imerso imundo tormento de do fogo apenas vermos o fumo e as cinzas antes de um sopro.

Uma folha de plátano que repousa ou se revolve no acaso de um outono.

I'm ready ;)