domingo, abril 29, 2007

espera

é como um fogo,
o silêncio – uma
opressão no peito
um suspiro trémulo

(o vazio espectral
uma alma doente
como um eco surdo
em gruta sem saída)

nem o vento assobia
nem o ar rumoreja
entre as árvores
nem o lápis sabe
para onde ir já

apenas uma espera
... um silêncio a incinerar ...
apenas um silêncio

29.07.03
(in 2/3 e outros poemas, 2003)