domingo, abril 29, 2007

espera

é como um fogo,
o silêncio – uma
opressão no peito
um suspiro trémulo

(o vazio espectral
uma alma doente
como um eco surdo
em gruta sem saída)

nem o vento assobia
nem o ar rumoreja
entre as árvores
nem o lápis sabe
para onde ir já

apenas uma espera
... um silêncio a incinerar ...
apenas um silêncio

29.07.03
(in 2/3 e outros poemas, 2003)

9 comentários:

Teresa Durães disse...

espera
desinquieta
(no resto perco-me
em espera)

boa noite

isabel mendes ferreira disse...

e valeu a pena a espera....:)))))))))



voltaste.


como sempre.
irrepetível...:))))
contra senso? não....BELO SENSO.



beijo.

Anónimo disse...

feliz com sua volta.

e obrigada pela visita.
deixo-te aqui um convite.

della-porther(fuser)

hfm disse...

1º o regresso e fiquei feliz; depois, mais um daqueles poemas onde cada palavra tem o seu arcano insubstituível.

Um abraço

Anónimo disse...

sabes que uma palavra tua é uma labareda? e que ter-te lá é calor.

obrigada pela tua presença na tradução. um grande beijinho (*)

Rosario Andrade disse...

...emfim, o silencio querado.

bjico.saudades

Moinante disse...

És um " Blog Amizade " , Visita a minha página .

delusions disse...

Havia alguém que dizia que pior que a espera é não ter nada por que esperar.

Gostei do regresso.

Bjs* boa semana

isolano disse...

Palavras lindas, às mãos cheias, nesta extensa madrugada. Gosto de tudo por aqui e hei-de visitar mais vezes. Parabéns!

Obrigada pela visita... :-)
Boa semana!