XXII
as casas mantêm
a nobreza de um velho...
ano após chuva
... após roupas estendidas
leite no pátio derramado após desmaio fatal.
as casas morrem
e o seu corpo permanece
sábio
com respeito por tudo
que as não habitou
as casas não vegetam
eternamente imaturas
viajam sim pelo
silêncio inquieto do
vento que as acariciou
e depois as vela
num sopro de luto.
(in Infinitas Impossibilidades, 2002)
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