quarta-feira, fevereiro 02, 2005

o tempo

não são brumas,
as horas, queimadas
sobre incenso,
nem delírios de
poeta, moribundo
de um intenso
sofrer invisível –
são brechas, todos
os minutos, abertos
sobre a tela incolor
da paixão pela vida
e pela dor risível.


23.08.03
(in 2/3 e outros poemas)

3 comentários:

Anónimo disse...

Por vezes mais do que brechas podem ser abismos. Abismos que nos engolem no sofoco de nós e que nos levam para dimensões inimagináveis ou incontroláveis. Que força para assumirmos o controlo? Que forças para diminuirmos o abismo ou fecharmos as brechas? Que motivações? Que tempo no Tempo?
Enfim, uma análise e reflexão possível ;)

Beijinho,

Sandra
(http://www.void.weblog.com.pt)

Unknown disse...

são vazio. sempre fazio feito algo... mas nunca mais que vazio: uma mentira, a vida.

Anónimo disse...

é imenso o que escreves. tens poesias belíssimas. (marília - livejournal)