A linha mantém-se paralela
à curvatura do joelho – uma película
de luz (insondável, hesitante, não fosse apenas luminosidade, não
seda, desejo). Roça a pele a milímetros de roçar, sustém
o ar e a sombra – até uma borboleta seria
remetida para o mundo etéreo, profano. A perfeição é a distância (
ilusória?) entre o calor do sangue e a estaticidade
luminosa – uma osmose abstracta. Perpendicular é o olhar cartesiano
que devolve o mundo ao número imaginado.
Fev.26.MMV
(in a geometria da inexistência)
7 comentários:
You give me butterflies, got me flying so high in the sky. I can't control the butterflies...
beijinho grande e boa 2ª feira
www.lbutterfly.blogs.sapo.pt
Quando a ciência e a arte se misturam, fazem coisas bonitas assim. :)
Pode ser um tudo e ao mesmo tempo, simplesmente nada.....
mundo etéreo é profano?...
beijos, Jorge.
Secam-me as palavras. Vou lendo sem ter já coragem para te dizer que é belíssimo. Este poema e os anteriores. Como se responde perante a qualidade das tuas propostas ? Regista: razão e emoção abaladas (nos dois sentidos).
Um beijo
e nesta meia duzia de linhas o conhecimento que tu condensaste. Onde entra Descartes a coisa complica-se.
abraço da leonor
sempre que venho aqui apanho o mesmo artigo.... será defeito do meu computador?
abraço da leonor
Enviar um comentário