As coisas entram no campo de visão, cada vez mais
elitista, estupidamente - como um crítico musical limitado, um acrobata
cego. As coisas tentam habitar o olhar e
são expulsas pelo não reconhecimento do poder
dessa habit(u)ação silenciosa. Ficam outras. Outras ainda,
passam e regressam como filme rebobinado –
memória, afinal. As coisas desistem. Entram noutro
olhar. Voltam as costas à insensibilidade. A arte insiste.
Não haverá mais coisas um dia.
... ecoa pausadamente, tom circunspecto, o solilóquio das obras-primas.
Fev.12.MMV
(in a geometria da inexistência)
5 comentários:
Bom dia, Jorge!
Gostei de o ler assim, tão cedinho(acordei muito cedo)...Beijo amigo
Bom dia, Amélia. :)
que coisa andarmos às voltas sempre das mesmas coisas com as mesmas coisas...
beijinho jorge.
As coisas sem culpa das coisas que podem habit(u)ar o olhar e as outras que não...
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