quinta-feira, julho 28, 2005

sombras

ainda o verão não saiu
dos teus olhos e já escureces,
nuvem, sobre o meu altar
de folhas cansadas neste
jardim sem nome

e é a cor do teu sorriso
triste, que me ensina a
amar o inverno eterno

25.09.03
(in 2 / 3 e outros poemas, 2003)

5 comentários:

Amélia disse...

Bom dia, Jorge.Gosto sempre de vir aqui.Beijo

blimunda disse...

de um jardim sem nome

amo o inverno assim tão terno
quando a cor do teu sorriso
é das tristezas do verão: não há
nada de mais lindo
que uma folha de outono cansada
desabrochando
em nome: em primeiro
a morte
depois a vida - a primavera
é eterna
no jardim da alma


( glosando as sombras, que de luz também são feitas. um beijo )

Anónimo disse...

Dia 28 de um verão inacabado sobre o qual caíram as sombras de uma nuvem sobre o teu sorriso que me ensinou a amar o inverno que para sempre será eterno no meu coração. Demasiadas coincidências neste sentido poema que tocou certeiro o meu coração ! Nem imagina quanto! Passo muitas vezes por aqui e sempre sinto verdade nas palavras que aqui encontro.
Fernanda.

Anónimo disse...

Não gosto de comentar poesia.

Intervir sobre ela, sim.

Mas comentar, não consigo.



Gosto imenso do que escreves.

hfm disse...

Tão cadenciadamente belo!