sexta-feira, julho 15, 2005

esta eternidade

...?
(...de luz; poder olhar o tempo lado a lado, imitar-lhe
a dança em nós, fazer do seu corpo redondo um par
num ritmo esquivo e doente, sem sincronia ou elegância; mirar
a água e ver o reflexo aterrado pela ânsia
da evaporação invisível de todos os espelhos; desejar deixar
expresso simbolicamente os medo, os fascínios e chamar
literatura a essas infantilidades existenciais; amar
como o vinho, o sangue; quebrar em caleidoscópicas ilusões
todos os sonhos de cada madrugada; temer o escuro mesmo
disfarçado...)

Ah!, se não fôssemos imortais
condenados a esta inutilidade...

Jul.12.MMV
(in a geometria da inexistência)

4 comentários:

Unknown disse...

Não fosse a mortalidade e seríamos estorvos eternos.

BlueShell disse...

Fiquei meditabunda...

Mil e um beijos e bom fds
Da
BShell

Andre_Ferreira disse...

O tédio de se ser imortal! Gostei muito de visitar este blog, voltarei certamente.

mariagomes disse...

excelente poema!!


beijo
maria