...?
(...de luz; poder olhar o tempo lado a lado, imitar-lhe
a dança em nós, fazer do seu corpo redondo um par
num ritmo esquivo e doente, sem sincronia ou elegância; mirar
a água e ver o reflexo aterrado pela ânsia
da evaporação invisível de todos os espelhos; desejar deixar
expresso simbolicamente os medo, os fascínios e chamar
literatura a essas infantilidades existenciais; amar
como o vinho, o sangue; quebrar em caleidoscópicas ilusões
todos os sonhos de cada madrugada; temer o escuro mesmo
disfarçado...)
Ah!, se não fôssemos imortais
condenados a esta inutilidade...
Jul.12.MMV
(in a geometria da inexistência)
4 comentários:
Não fosse a mortalidade e seríamos estorvos eternos.
Fiquei meditabunda...
Mil e um beijos e bom fds
Da
BShell
O tédio de se ser imortal! Gostei muito de visitar este blog, voltarei certamente.
excelente poema!!
beijo
maria
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