sexta-feira, fevereiro 11, 2005

sem título

o muro do jardim ruiu no dia em
que brotaram as flores mais bravias

14.04.03

(in a incerta permanência da dúvida, 2003)

10 comentários:

hfm disse...

Tão plasticamente belo!

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

e os escombros não quebraram uma única caule.

Amélia disse...

...que bom que ainda há flores bravas que derrubam muros...Gostei do poema, amigo.

Anónimo disse...

Reencontro-te e entendo... aquilo que tu flôr bravia me sopravas ontem no ouvido e me passou despercebido.... afinal tu ajudaste também a derrubar um pouco esse muro austero que hoje se reconstroi... És um elogio à irreverência incerta mas saborosa da vida. Desculpa por só agora te entender e um obrigada Jorge. Carla

Anónimo disse...

There's no doubt, my friend. The beauty within wild flowers has an astonishing power,power enough to throw down the most unbridgeable wall. And yet people rejoice in treading them down :(

Rita disse...

Já não há flores bravias nas nossas cidades!

Deve ser por isso que crescem hoje tantos muros de betão!

Farei um quintal, onde nada plantarei - à espera que elas cheguem.

Anónimo disse...

Adorei... Espero que um dia destes nasça a flor bravia que falta em mim para começar a sério a derrubar este muro, tão duro para uma flor de estufa... Sou feliz por ele ser transparente, permitindo-me ver (e ler) pessoas como tu, e voltar a ter esperança...

Um beijo. Obrigado por existires.
Lua.

musalia disse...

bela metáfora...
beijos.

r.e. disse...

obrigado a todos pelas palavras que deixaram. é para vocês que deixo as minhas. J.

Anónimo disse...

E isso terá sido bom ou mau?
Se transportarmos esta ideia para nós e para a vida que levamos a diferença pode existir em termos de resposta. Dependerá das situações, dos contextos, das próprias pessoas envolvidas.
Pessoalmente creio que há rupturas ou rasgos em nós que podem ser muito positivas, na medida em que nos permitem evoluir, avançar, crescer, amadurecer, arriscar, seguir outros caminhos. Mas tb poderá dar-se o inverso. Julgo pois que num cenário deste tipo devemos não considerar o que imediatamente parece ser o mais fácil. Há que ponderar, analisar e só depois concluir, sendo que a própria conclusão pode, ela própria, estar tb repleta de fragilidades.

Gostei do que escreveste.
Beijinho,

Sandra
(http://www.void.weblog.com.pt)