num suspiro
arcano, demente
desenha-se a solidão
não é leve a certeza
não é rósea a angústia
uma esfera de chumbo
suspensa sobre o juízo
oscila sobre o quotidiano
não se lhe submete
não venera nem condena
não lhe é indiferente
não lhe é, simplesmente
oscila sobre o limiar da vida
não é certa a leveza
não é angustiante o rosa
que o sonho dá a esse outro
em nós, de nós, por nós, sem nós.
Fev.05.MMV
(in livro xiii)
6 comentários:
AMEI O TÍTULO!
a vida pendular sobre a vida... não é uma maravilha que se leia um texto e tenhamos sempre uma ideia, senão oposta, pelo menos diversa de TODOS os outros?!
lamento a minha ausência neste fds... estive a actualizar-ma futebolística e cinefilamente ;)
e eu AMEI o título e o poema.Beijo
O difícil quotidiano, a certeza que nunca é rosada embora serena. A angústia, colorimo-la de tonalidades, dependendo do nosso sentir...
beijos.
e porque hoje estou com a política nas veias, "em nós, de nós, por nós, sem nós." portugal sem nós. (marília - livejournal)
Gostei de visitar o teu blog...interessante e falas com Aparente naturazlidade duas coisas complexas demais, e uma delas para mim obscura e tenebrosa...A Morte! Magoa só de imaginar..Comigo é assim, tenho medo, não sei porque, não sei como, tenho medo apenas.
Beijinhos, Cathy*
obrigado :) J.
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