depois dessa esquina mora um vagabundo
atrás daqueles caixotes, uma velha que talvez já tenha morrido
mesmo aqui ao lado, no vão da escada, uma bebedeira acorda, ensurdecedora
e ali ao fundo, iluminado intermitentemente por uma lâmpada mal enroscada, moro eu
não é um excerto do tratado de filosofia do fracasso, ou a memória moribunda do último homem
é a microgeografia do mundo, de um qualquer mundo em que consigas acreditar
depois dessa esquina mora um vagabundo...
...
etc.
31.08.02
(in despojos de lume e de medo, 2000-2002)
2 comentários:
Estou a tornar-me redundante dizendo que gostei de ler e que gosto muito destes teus poemas.
Votos de bom fim de semana... é sempre muito bom ler-te
Beijinho
www.lbutterfly.blogs.sapo.pt
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