quinta-feira, agosto 04, 2005

XVI. (estudos e interlúdios)

demiúrgico
na placidez da espera
do instante preciso
de fazer nascer
o tremor de vida
que numa lágrima ou
num suspiro
se deixe aprisionar

demiúrgico, sim
na magia de sentir
a morte do silêncio
na vontade de respirar
à pulsação
de um gongo ou um tam-tam

louco, talvez
pela inelutável fuga
do tempo com que nos deixas sonhar
estriado em figuras quase humanas
no previsível como no não-esperado

demiúrgico, repito
na derrota do instante vulgar
transfigurado em suspensão silente
imaculado de novo pelo teu virtuoso aceno
à imortalidade

03.03.02
(in instantes de perplexa aprendizagem, 2002,
poemas para António Pinho Vargas)

2 comentários:

Leonor disse...

ola rudolfo
gosto dos teus poemas. contudo... deixa-me dizer-te, o seu entendimento não está ao alcance de qualquer um.rsssssss

abraço da leonor

Leonor disse...

ola rudolfo
gosto dos teus poemas. contudo... deixa-me dizer-te, o seu entendimento não está ao alcace de qualquer um.

abraço da leonor