demiúrgico
na placidez da espera
do instante preciso
de fazer nascer
o tremor de vida
que numa lágrima ou
num suspiro
se deixe aprisionar
demiúrgico, sim
na magia de sentir
a morte do silêncio
na vontade de respirar
à pulsação
de um gongo ou um tam-tam
louco, talvez
pela inelutável fuga
do tempo com que nos deixas sonhar
estriado em figuras quase humanas
no previsível como no não-esperado
demiúrgico, repito
na derrota do instante vulgar
transfigurado em suspensão silente
imaculado de novo pelo teu virtuoso aceno
à imortalidade
03.03.02
(in instantes de perplexa aprendizagem, 2002,
poemas para António Pinho Vargas)
2 comentários:
ola rudolfo
gosto dos teus poemas. contudo... deixa-me dizer-te, o seu entendimento não está ao alcance de qualquer um.rsssssss
abraço da leonor
ola rudolfo
gosto dos teus poemas. contudo... deixa-me dizer-te, o seu entendimento não está ao alcace de qualquer um.
abraço da leonor
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