eu não sou o sonho
sou o estímulo
e a sede que fica
a arder na garganta
quando é parca
a nascente e longínquo
o oceano adormecido
eu não sou o deserto
mas a vontade de viajar
no sentido irreversível
dos caminhos
nem tão-pouco o néctar...
sou a própria idade da colheita
e não fosse eu o espírito
seria a arte de o inventar
para quando o sonho
fosse quase nada
15.04.03
(in a incerta permanência da dúvida)
3 comentários:
ser o estímulo é ser a fonte inesgotável do sonho. viajar percursos irreversíveis, é o que fazemos na vida...
bela a forma, a tua forma de expressão...:)
beijos.
Que belo estímulo, amigo.Gostrei de ler, agora que rgressei de férias!Um beijo
"eu não sou o deserto
mas a vontade de viajar
no sentido irreversível
dos caminhos"
eu destes versos faria um só poema! Belissimo!
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