na flor do medo renasces fulva e triste.
quem. quem és. triste da cor do açafrão e incontornavelmente real. renasces
onde. na flor do medo. és incontornável. significas o tempo inevitável.
não. não significas nada. és o tempo mudo.
gotejas vida quando sangras.
és sangue espalhado nos pensamentos. julgaste ser carmesim
mas o teu rio é menos belo. é outro belo. é um som. o rio
que te assassina lentamente vibra como um contrabaixo.
não sei onde morres para reapareceres no medo assim. recebo-te gratamente.
seguro-te nas mãos. o medo fica vítreo contigo dentro.
jan.09.MMVI
5 comentários:
Se me seguras nas mãos, já não tenho motivo para ter tanto medo, não é?
Que pena não poder ser mais...
Morro por aí, como sempre morri, só, muito só, porque nem sempre me dou ao mundo como gostava, porque nem sempre o mundo é como eu o sonhei.
O que é ser-se o tempo mudo?
Palavras que burilas deixando apurar a essência dum sentir profundo...gostei deveras deste teu post. Beijinhos :)
e o piano agradece....o silêncio da visualização...
beijo e boa noite.
sempre.
Gostei muito e as palavras abaixo são, em si, um poema. Um abraço
"és incontornável. significas o tempo inevitável.
não. não significas nada. és o tempo mudo."
Enviar um comentário