perduram dentro do ventre opaco e doce
memórias líquidas
resquícios permanentes de tempo
de que tempo?
flagrante é o não-sentido
nenhuma verdade se deixa reconhecer ao espelho
de que tempo?
resquícios de um futuro que o presente renuncia
a realidade está prenhe de mim
e deambulo sobre toda a água do mundo
menos sobre aquela que escorre nas sílabas
e nos acordes em suspensão
de que tempo?
fev.06.MMVI
6 comentários:
Deste tempo agora feito lugar, no exacto momento em que te escrevo estas palavras.
Beijinho.
Rita
em si J. o não sentido não faz sentido....sente-se o sentir!
bjo.
suspenso das tuas sílabas - o tempo!
é bom descobrir alguém que ainda vê o tempo duma forma liquida...
...digamos que é uma das eternas questões, saber o tempo, a que tempo pertencemos, em que tempo vivemos, de que tempo somos ou a que tempo deviamos pertencer... :-)
Bom dia!
Fiquei presa ao tempo do teu poema. Sinto-o em mim.
Beijo
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