não há socalcos já dentro de ti.
ficaste pleno, plano, belo.
eras o verde irregular, de timbre em timbre, de tom em tom.
esqueceste a gradação e ficaste limpo, impuro, vivo.
os traçados da pele calejada pelo ócio desfiguram a tua não-idade.
és o tempo que se estendeu como manto sobre virgem.
o tempo é-te a própria virgindade.
perdeste o tempo estriado em esperança.
não há socalcos já no teu olhar.
jan.01.MMVI
3 comentários:
aqui nunca se perde o tempo...ao contrário....respiro. em liberdade...
beijo.
que tempo... o da idade... nunca nos perdemos nesse tempo se nos lembrar.mos que não existe idade...
beijo :)
este é de se ler no andamento que se quiser!
reli-o e a cada leitura o forro das palavras flectia sombreados de diáfans claridades.
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para q me não estranhes, tenho q referir a 'mão' nestes 2 trechos:
"ficaste pleno, plano, belo."
"ficaste limpo, impuro, vivo."
a aliteração sonora (plê/plâ) (imp/imp)
e os staccatos (é) (i) abertos
:-)
... são estas fôrmas que dão forma a inúmeros pensamentos que continuam a regozijar-me os sentidos!
beijos, Jota
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