segunda-feira, abril 24, 2006

xxv

a rosa é um ritual estranho à felicidade
a rosa não é a flor nem o relâmpago dos sentidos todos
a rosa mentiu ao tempo
a rosa deixa no branco a impureza do destino impermeável à dor
a rosa escorre em latejos de pavor rubro
a rosa deita-se ao lado do outro e adormece longe
a rosa foi um poema

jan.19.MMVI

3 comentários:

lésbica só disse...

a efemeridade da rosa, como da vida... bonito.
Beijinho

Sílvia Antunes disse...

bem bonito, apesar de eu não simpatizar muito com rosas...

Anónimo disse...

e se eu fosse a rosa... que me darias :)