sábado, março 12, 2005

Manhã Fratricida

madrugada extensa,
não infinita, inexistente -
desprende-se dela a poeira
que o esquecimento absorve.

exala o perfume do real,
que se evola, silente;
a essência nela se queda,
por toda a extensão.

a luz de uma manhã
relança o olhar do real
sobre o sonho vivo -
aniquila o tempo onírico.

4 comentários:

musalia disse...

incrível! não tinha percebido que o som dos dias era o teu outro lado...
beijos:)

Rita disse...

Que bom, quando o horizonte se alarga e podemos conhecer um pouco mais do mundo - neste caso de ti.

Se quiseres visitar-me, deixei lá outra recordação.

Espero sinceramente que te faça sorrir. :)

soledade disse...

Aí está um poema que nos interpela - essa manhã que padece de excesso de real e (nos) aniquila, nos cinde, "fratricida" e ao "sonho vivo".

É bom poder voltar a entrar aqui na "Extensa Madrugada".
Beijo

hfm disse...

Há uma música que "exala o perfume do real". Muito belo!