as serpentes e os livros
em fios
ininterruptos
de sentidos
ocultos
me oculto
ininterruptos
de sentidos
ocultos
me oculto
e vagueio como um bailarino surdo
por entre o mundo
e nos livros encontro o traçado
da coreografia imprevista
e sobre líricas sem balanço
me deito quando de mim me canso
por entre o mundo
e nos livros encontro o traçado
da coreografia imprevista
e sobre líricas sem balanço
me deito quando de mim me canso
(donde se extrai o veneno que fica
a arder nos lábios depois de Andrade
ou Sophia?)
a arder nos lábios depois de Andrade
ou Sophia?)
e adormeço sobre o linóleo
da capa ou do epílogo
e vislumbro o sonho
do silêncio que nasce depois
da capa ou do epílogo
e vislumbro o sonho
do silêncio que nasce depois
em fios
de sentidos
me descubro
(in imanências, 2004)
de sentidos
me descubro
03.02.04
(in imanências, 2004)
6 comentários:
Redundantemente digo-te que gosto muito!
idem, idem, aspas, aspas...Beijo
Gostei memo muito do teu "As serpentes e os livros".
Abraço Jorge
este poema só podia ter sido escrito por alguém que ama verdadeiramente a Literatura :) descobres-te nas palavras...
beijos, adorei.
Eu, que não gosto de serpentes, fiquei literalmente encantada por esta serpente de versos.E vou guardá-los no meu álbum de poemas, para não os perder... Encantatório.
De onde vens não sei. Mas, sei que chegaste até mim em palavras articuladas com a sapiência de quem nasceu a saber escrever como um poeta a sério. Adorei este teu novo texto. Dos mais belos que li teus nos últimos tempos. Um beijo especial, de uma admiradora secretíssima. Azul.
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