era uma vez no infinito
o requinte de deus consiste na distância
palavras onde nem uma gota de sangue
cabe sem que o sentido se dissolva
em
heresia capital
palavras onde nem uma gota de sangue
cabe sem que o sentido se dissolva
em
heresia capital
“há uma lúcida entrega
onde deixou de haver fé”
onde deixou de haver fé”
no infinito, não há palavras esquecidas
sempre que vier o demiurgo
ao mundo incriado
será estrangeiro
ao mundo incriado
será estrangeiro
“pela mesma lógica
que fez nascer fé”
que fez nascer fé”
e deus será filho ilegítimo
de um pai onírico e sem memória
de um pai onírico e sem memória
“no lugar da oferenda cega”
morre-se em silêncio, lá.
02.02.04
02.02.04
(in imanências, 2004)
6 comentários:
Lindo!
Nostálgico e inacessível...
Um Beijinho.
Leste-me o pensamento, ou o coração. Nesta manhã...
Gostei de ler.
Preciso de voltar aqui.
E de ler outra vez.
Para já, é só o que posso comentar.
E com este é o segundo post. O outro, já o li quatro vezes.
Escreves a um ritmo alucinante e dizes sempre muita coisa, o que é bom - eu é que saboreio mais devagar. ;)
morte anunciada...
que mata mais que a morte...
mata antes de se morrer...
Beijinho grande, Jorge
www.lbutterfly.blogs.sapo.pt
a problemática da entrega...
beijos.
Enviar um comentário