é sempre daqui que se olha
para o reflexo
sempre donde não nos vemos
mas intuímos
e sempre nos surpreende
a brancura
sempre a luz nos ofusca
aura intensa
é sempre daqui que nascemos
para o mundo
sempre os olhos abertos inúteis
quase cegos
sempre que o céu cai digno
sobre a morte
e sempre que o som do grito
atroz ecoa.
01.02.04
(in horizontes de ouro, 2004)
5 comentários:
eu gosta!
Bonito o teu poema - bonito o comentário de alirka...
Dolentemente belo!
"sempre donde não nos vemos
mas intuímos"
(fiquei aqui parada a reler e - acredita! - o meu silêncio é superior ao meu melhor comentário)
aqui senti a qualidade de quem escreve por necessidade e não para se mostrar (que eu não esteja enganado...). será leitura diária.
abraço.
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