domingo, maio 08, 2005

batem-me

batem-me, como roupa molhada nas
pedras que servem de berço aos rios
de uma infância banal qualquer, as
recordações póstumas de uma branda
quietude. batem-me com a violência
das evidências que balizam a nossa
credulidade no mundo infinito e belo,
apesar da crueldade bélica dos instintos.

01.09.03

(in a língua secreta do egoísmo, 2003)

5 comentários:

Anónimo disse...

"Viento llegó, viento pasó y cómo me acuerdo"

Beijinho grande
*Desculpa a ausencia :)
www.lbutterfly.blogs.sapo.pt

TCA disse...

nem todos os instintos são bélicos. // coisa feia, baterem-te. e os maus tratos n ficam por aqui: assaltei-te. obrigado. abraço.

José Alexandre Ramos disse...

ler este poema em voz alta tem uma força tremenda. experimentem vários tons, várias leituras. é extraordinário.

Madalena disse...

Encontrei este blog hoje.

Não o perco já.

:)

Rita disse...

Ver hoje, amanhã e depois.

A nossa história, a história do outro.

Ser hoje, amanhã e depois.

Um outro eu, um outro nós.

Um colo, um beijo, mil abraços na noite fechada.

Adormecer, assim, num regaço, como se fosses um anjo.