/quinta
mulher de nunca, senhora, luz
não fantasies sobre a minha morte
renuncia ao ímpeto criativo
não sou teu personagem
não sofro mais por ti
não me vivas mais
mulher de lume, de sempre, lírio
deambula por mim adentro mas
sem o peso do amor, sem a
liberdade da influência, com
o voto de silêncio nos dedos
e a renúncia na voz
mulher colibri, de agora, harmonia
deixa-me perpassar o mundo
num acorde só, numa nota
suspensa nas tuas vogais, no
timbre do teu gemido quando
choras pelos teus filhos
mulher, senhora, do tempo morto
fecha-me os olhos com tua saliva
acre e límpida, num beijo de
mãe sobre um órfão de ti
- aceito a tua morte anterior
ao meu renascimento.
vinte e quatro: 03, MMVIII
9 comentários:
é sempre enternecedor uma palavra sua
Mulher (fonte) de vida ...
mas haverá...
quanto ao poema o que dizer para evitar repetir-me - uma série de excelência.
o voto de silêncio nos dedos
e a renúncia na voz
________________citei.O.
por ser magnifico.!!!!!
beijos J.
ando com a sala vazia
bonjour jorge,
que bom reler esta prece , é para me alargar o dia e respirar o mundo!
Merci, a tua mensagem ontem foi direita ao meu coraçao!
Bem-hajas, é assim que se diz nao é?
Quando estiver em Lisboa, vamos visitar a mae Isaura e ela vai acolher-te com as maos bem abertas, é assim que ela vive.
O teu comentàrio alegrou-me muito, tenho escrito muito, tudo isto é positivo, embora a tristeza pique um pouco, nao ?
Une très bonne journée à toi!
Bises lidia
e assim renascido escreveu o poema que faltava ao mundo *
R
meu novo email: dellaporther@gmail.com
beijos
della
Vou tentar visitar-te mais aqui, sei que estou em falta.
Perdona-me
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