quarta-feira, junho 14, 2006

sem título

vilipêndio doentio
da virtude – um fustigar intenso
do véu interno e inocente;

(vigília enferma, labirinto hipnótico
e vão, inconsequente e triste)

vaticino-me uma morte
sem nome – gota de mim no vácuo
vislumbrado atrás do pano;

(a lua segue-me os passos, vacilantes
e aturdidos, de olhos velados)

veste-te, vento, de brisa
e leva para longe o veneno
das cinzas da minha vontade.

06.12.03
(in a língua secreta do egoísmo, 2003)

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