era uma vez no infinito
o requinte de deus consiste na distância
palavras onde nem uma gota de sangue
cabe sem que o sentido se dissolva
em
heresia capital
palavras onde nem uma gota de sangue
cabe sem que o sentido se dissolva
em
heresia capital
“há uma lúcida entrega
onde deixou de haver fé”
onde deixou de haver fé”
no infinito, não há palavras esquecidas
sempre que vier o demiurgo
ao mundo incriado
será estrangeiro
ao mundo incriado
será estrangeiro
“pela mesma lógica
que fez nascer fé”
que fez nascer fé”
e deus será filho ilegítimo
de um pai onírico e sem memória
de um pai onírico e sem memória
“no lugar da oferenda cega”
morre-se em silêncio, lá.
02.02.04
(in imanências, 2004) 02.02.04
3 comentários:
Aforisticamente: temos requintes de Deus (se a maiúscula é permitida)! A distância está, sempre, onde houver uma palavra a mais para dizer, quanto mais não seja... "até já". Deus existe onde está o Tejo.
Obrigada pela sua visita tão gentil!
Um abraço amigo da Dani
beijo....e mais uma vez....espero que tudo a girar....:)
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