quarta-feira, novembro 23, 2005

sem título


sem título, 2005
Tizas Faber-Castell, branca e sanguina
s/ papel Mi-Teintes, 160grs
o fogo submerso
não ilumina
caminha sozinho
por entre os espaços
frios que a vida
tece entre desejos
e medos

5 comentários:

hfm disse...

Belo, belos.

mariagomes disse...

muito belos!

beijinho
maria

Anónimo disse...

Ser poeta
É da dor criar algo belo
É pensar no amor
E reviver ao escrevê-lo
Ser poeta
É mergulhar nas ondas
Naufragar a tempestade
Esquecer as afrontas
Ser poeta
É escavar no sentimento
Soltar a resina
Estancar o momento
Ser poeta
É sê-lo não dizê-lo
É cantar para fora
O que nos roi cá dentro
Abrir as entranhas
E espalhá-las ao vento.

Adorei... Estás nos meus favoritos...

Azul disse...

Sabes que às vezes penso que existem pessoas que expressam o que lhes vai na alma, e o que vivenciam de bom ou de mau, através da linguagem pura do pensamento. É óbvio o que digo, não é? POis, mas para mim, o puro pensamento não é o pensamento tradicionalmente considerado, mas aquele que escapa aos mais inteligentes, aos mais cultos, aos mais letrados, à ciência ... é o pensamento cuja essência, substância, subjaz às insondáveis estradas da arte. Admiro essas pessoas. Intrigam-me. Encantam-me. Desafiam-me. Tu és uma delas. Não tenho quelquer dúvida. Parabéns pelo traço que aqui tens. Muito dinâmico, frutífero, falante, atraente, plástico. Brilhante, digo eu que assumo a minha arrogância e algo mais por ti ... Um beijo. Azul.

Anónimo disse...

Vi e gostei... de qualquer forma prefiro-o de pernas para o ar :) Abraço