quinta-feira, novembro 10, 2005

15

dilúvio que invade a própria sede
brado que ao surdo ensurdece
numa pequena esfera de sentido

caminho que apaga a passada
sinfonia sonata concerto silente
que ecoa numa redoma de seda

vento que desfigura o mar calmo
e o sol, ah!, anjo inocente caído
por detrás do tempo cansado

virtude ensinada em vil ardósia
podridão e vício servidos em mel
catacumbas de vitrais vendados

lucidez humilhada pela realidade
infinito aprender da descrença

amor, o incognoscível feiticeiro.


Set.28.MMV

(in encontro entre as pedras suaves, 2005)

1 comentário:

TR disse...

há feitiço?

Obrigada pela visita?