dilúvio que invade a própria sede
brado que ao surdo ensurdece
numa pequena esfera de sentido
caminho que apaga a passada
sinfonia sonata concerto silente
que ecoa numa redoma de seda
vento que desfigura o mar calmo
e o sol, ah!, anjo inocente caído
por detrás do tempo cansado
virtude ensinada em vil ardósia
podridão e vício servidos em mel
catacumbas de vitrais vendados
lucidez humilhada pela realidade
infinito aprender da descrença
amor, o incognoscível feiticeiro.
Set.28.MMV
(in encontro entre as pedras suaves, 2005)
1 comentário:
há feitiço?
Obrigada pela visita?
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