sexta-feira, novembro 18, 2005

sem título

“Onde?” é resposta,
desejo de obnubilar
e olvido desejado.

replico: “Onde?” à
ontológica busca.

Onde sou, fui
ou (des)conheci?
Onde, para quê
ou por que ouro
falso me ocultei?
Onde me espero
d’olhos fechados,
senão nos ontens
odiados, amados,
infinitos e ocos?

21.11.03

(in a língua secreta do egoísmo, 2003)

3 comentários:

lésbica só disse...

fabuloso!

Duarte disse...

Divagações, indagações existenciais... bonito! Abraço

lu disse...

O hoje e o ontem.
Não andaste pelo meu blog? Esse tema estou a glosá-lo lá também.
Gostei muito deste teu poema. Paasa lá, se ainda lá não tiveres ido.