Corpo nome memória
o espaço que as palavras deixam escorrer
por entre as respirações. Talvez
angústiaéotraçodoesboçodenósquenãoconsenteplenitude
se perfile na consciência como um exército contra
o sentido perdido. Memória tempo pulsação
cada vez mais vida a viver-se fora de nós. Todos os sinais
da nossa presença soam a rufos de circo
TRRRrrrrrrrrrrrrrrrrrLadiesAndGentlemenrrrrrrrrrrrr
rrrrrrrrrrrrrrrrParaTodosVósrrrrrrrrrrrrrrr
rrrrrODerradeirorrrrrrrrrrrEstertorRRRRRRRTCHSSSHHhhh...
Pulsação ritmo eternidade
Abr.01.MMV
(in a geometria da inexistência)
5 comentários:
Corpo, nome, indícios. Memória, mais do indícios, somos mesmo nós. indícios de memória, farrapos de memória, negação de memória, ruído de memória, somos nós.
não?
bjs
Indícios de nós... Onde o princípio se esbarra sempre com fim, onde palavras desconexas nos deixam o pensamento relaxar das emoções por simples palavras!
http://babushka.blogs.sapo.pt/
Esta expressão substantivada
angústiaéotraçodoesboçodenósquenãoconsenteplenitude tem um peso incrível! Mas não ~se definha amarfanhado sob a plenitude.
Essas duas dimensões (o dentro, a desritmo do a viver-se fora de nós), acordam sob os rufos do estertor?
Deixaste-me presa num final fechado.
Se a estas palavras sequenciais se fizesse corresponder uma escrita sonora, que frase musical construiria?
(corpo - nome - memória /
memória - tempo - pulsação /
pulsação - ritmo - eternidade)
[fiquei aqui a desenhar indícios...]
sabes, este vou *arrastar*, posso?
Tens razão, Diva, quando incluis a própria negação da memória como "nós". "nós" é um espaço demasiado amplo para conceber o vazio de nós em alguma parte.
Obrigado, Friedrich, pela visita. Já espreitei a Babushka, mas tenho de voltar para conhecer o lugar como merece.
MJM, não sei que sons nasceriam das sequências, mas é um facto que não foi ingénuo o sentido musical subliminar que acompanhou a sua ordenação. Depois mostras-me os indícios desenhados.
Ao teu comentário falta apenas a imagem e o som que me faria sentir completamente em tua casa, Sónia. Obrigado pela visita.
Nem precisavas de perguntar, Blimunda. É sempre gratificante ver as nossas palavras adquirirem uma vida independente, inesperada, enriquecida pela relação que passam a estabelecer com as que escreves em seu redor. Depois verei o resultado. (da última vez que perguntaste não respondi, porque já sabias que podias)
Obrigado pela vossa presença fiel, e pelos indícios de vós.
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