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Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Um livro em branco aos olhos do poder – um poema para os despertos.
Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
Desejei muito que a Agnés da “Imortalidade” existisse de facto. Não me apaixonei por ela, mas pelo que o Kundera nela viu. “Adriano” passou a significar algo de muito intenso depois da Yourcenar. Clarissa, Laura e Virginia, marcaram, colorindo, um olhar sobre A Mulher pela mão de Cunningham.
Qual foi o último livro que compraste?
Casa na Duna, de Carlos de Oliveira; A Mancha Humana, de Philip Roth; Camões: Labirintos e Fascínios, de Aguiar e Silva
Qual o último livro que leste?
Os Demónios de Kraven, de Alan Isler
Que livros estás a ler?
Casos do Beco das Sardinheiras, de Mário de Carvalho; Menina e Moça, de Bernardim Ribeiro; Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco; A Vaga de Calor, de Urbano Tavares Rodrigues; Granta nº 87; Discurso da Narrativa, de Gérard Genette; O Rei, o Sábio e o Bobo, de Shafique Keshavjee; A Angústia da Influência, de Harold Bloom;...
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
1) A poesia e a ficção de Jorge Luis Borges, a poesia de Pedro Tamen (e, quem sabe, a sua tradução de Proust, dado o tempo que provavelmente teria), a poesia de Al Berto.
2) As Cidades Invisíveis, e demais fantasias de Italo Calvino (devia haver edições com a obra completa num só volume para o caso de emergências como esta).
3) Os romances do Umberto Eco, para reler um após outro (acho que escondia os Limites da Interpretação no meio dos romances).
4) O Ser e o Nada do Sartre, Ser e Tempo do Heidegger, Verdade e Método do Gadamer, Investigações Filosóficas do Wittgenstein e Diferença e Repetição do Deleuze, preencheriam com toda a certeza as horas mais longas.
5) Cadernos em branco, para expandir os livros que levasse para outras páginas, para outros sonhos.
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
À Azul, pela cumplicidade de tantas leituras, pela partilha de tantas ideias, pelo fascínio de tantos anos.
À Helena, pela empatia das palavras que lhe leio, pela beleza e profundidade do que nos comunica.
Ao Alexandre, que nos leva com ele para tantos recantos do mundo, como livros para uma ilha deserta.
4 comentários:
Também foste apanhado...por esta onda.
Uma boa forma de nos darmos a conhecer, pelo menos, os gostos literários...
Abraço :-9
deixei-te um miminho no ante mare...
Desafio aceito amigo Jorge
Abraço
Estou fora de Lisboa e vi agora que fui "apanhada" por ti e pelo António do Local e Blogal; quando voltar prometo responder. Um abraço
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