quinta-feira, julho 22, 2010

segundo livro de orações

/terceira


ao vento que foge do escuro
exorto a que te guie até
mim sob o luar negro


peço-lhe que afaste do teu
caminho sombras e vultos
para que não confundas o
choro da minha alma
com o mal que a noite exala


exorto o vento que foge de mim
a que traga o teu cheiro
o aroma beatífico do teu cabelo
que acaricia os ramos mais altos
do bosque e o tapete de musgo
onde durmo quando te espero


se chegares antes do sol
trava o seu raio até o meu
olhar nascer para acreditar
na noite alva que trazes
para dentro de mim


quero uma noite eternamente
branca trazida pelo teu beijo




treze: 03, MMX

5 comentários:

Diana da Rama disse...

Pemita-me a ousadia(não é vingança ou algo que o valha) mas a disléxia voltou a fazer das suas e penso que onde escreveu "de espero" queria escrever "te espero".
Assim que corrigir voltarei a comentar desta vez de modo apreciativo ;)
Beijinho
Di

Diana da Rama disse...

*Permita-me (bolas já fui contagiada) :)

Beijinho
Di

Diana da Rama disse...

Porque o vento nem sempre nos leva a destinos certo, porque nem sempre somos lucidos o suficiente para mudar de rumo, porque nem sempre somos capazes de caminhar sozinhos :)

Beijinho
Di

Rita disse...

Revisitar-te é sempre um prazer porque encontro beleza, leveza, profundidade e também desespero (paradoxo?) em tudo o que escreves.

É fácil voar e imaginar o que dizes, como se as palavras fossem uma "coisa da alma" e chegassem até mim pela forma como respiras.

:)

Tinha saudades!


Rita

a vida é larga disse...

bonito !!!