I
eras o vislumbre do vulto
imenso e antigo
que não iria chegar –
e eras a própria espera;
e eras mais bela nesse lugar
do teu silêncio do que
o tumulto apaixonado
que os pássaros sonhavam
cantar arrebatados quando
sobrevoavam os túmulos
anónimos dos meus amores.
e eras o fulgor dos lumes
crepusculares e pesados,
decalcados a sangue
sobre as infâncias todas
sobre as adolescências todas
sobre todas as vísceras do tempo –
e eras o esplendor desse lugar.
e eras o silêncio cavernoso
do coração inundado de resquícios
irreconhecíveis de amor –
parábola e hino, ao mesmo tempo,
à incessante melancolia sóbria
e líquida, pulsante no pensamento
atroz e voraz de cada êxtase
por esculpir.
03.mar.MMIX
6 comentários:
voltando?
ainda bem!
Olá rudolfo, J. Que bom ter-te de volta aqui, que bom e sadio é ler o que tão bem, tão bem escreves. Escreves tão bem, Jorge. Não deixes de o fazer, peço-te! vale a pena ler a tua expressão...
beijo grande. Obrigada pela visita. até breve. Azul.
P.S. Se quiseres,, visita este blog que te deixo, para o qual tenho escrito também. Gostava de ter a tua opinião. Obrigada.
www.bodega-bay.blogspot.com
:)
Um beijinho e estou de volta! :) *
:)
*
Finamente:):)
Ainda bem q voltas-te!
Voltei de novo, para ler este teu último escrito. Tão belo... tão claro... Obrigada pela escrita que é a tua. Beijo para ti. Até á próxima leitura. Azul
Enviar um comentário