domingo, abril 13, 2008

livro de orações

/sétima





voz de cascata vermelha e dura
entoa devagar o hino desse jardim
onde o meu olhar morto perpetua
o perscrutínio da vontade



timbre azedo e cremoso e branco
deposita no silêncio uma consonância
que se abra em flor busto vento e
ilumine o dia lilás antigo




confio no som, no nosso som,
no teu imponderável canto
sobre a minha terra ferida.


doze: 04, MMVIII

4 comentários:

Rita disse...

Se cantar pudesse...

Há palavras aqui que me lembram o verão e gelados, sorrisos, talvez uma esplanada e um fim de dia cheio de amarelos, laranjas e dourados.

Um beijinho.

Anónimo disse...

já nºão tenho palavras.





apenas me curvo.


em silêncio.


de silêncios rendidos.


(piano)

LM,paris disse...

sim, piano.

o orvalho suspenso aos finos caules, beijos humidos e matinais.
gostaria de recomeçar tudo de novo
se uma aurora me surpreendese
enquanto dura este quase sonho.

limpo os olhos com a ponta de um lenço.

Obrigada por esta tua oraçao do dia 13de Abril, devo ter sonhado com ela, parece que a conheço no seu marulhar de lento e sillencioso
manto, ou canto. rendida, como os outros amigos. a mae isaura jà é fan, e copia no caderno dela, a tua oraçao. copia também para uma amiga , escutam-te as maes antigas que sabem ler as tuas preces.beijos,
lidia

Anónimo disse...

NUNCA SERÁS TRISTE (EM MIM)!