segunda-feira, janeiro 02, 2006

a continuação do fim

afirmei no primeiro post e, um ano depois, reafirmo o mesmo credo:

a náusea antecipada de mais uma incompletude anunciada pelo esquecimento e pelo desvario de deus em mim, por mim, de mim...
o imenso infinito indefinível tormento da estreiteza dos horizontes que não são de ouro, de cinza quanto muito.
o primeiro relance de um olhar apagado pelo facto de a luz se consumir na extensão da madrugada não onírica, de vigília à beira de um sopro.

obrigado pela companhia espectral

r.e.

5 comentários:

Rita disse...

Jorge,

O que quer dizer este post???

Porque me sinto cada vez mais só por aqui - se todos os meus amores diários ameaçam partir? E partem...

Não é isso, pois não?

Percebi mal, tenho a certeza que percebi mal.

Rita disse...

Jorge,

Desculpa (muito envergonhada)!

Parabéns pelo primeiro ano da Madrugada!

Eis um exemplo claro (o meu primeiro comentário) de como os nossos medos, neste caso meus, nos podem fazer ter uma leitura errada da realidade.

Dá que pensar...

Também é curioso que eu me sinta aqui tão à vontade que "deixe" falar o inconsciente, ao invés do consciente.

Obrigada eu, Jorge.

Beijinho grande.

Rita

musalia disse...

boa continuação da poeticidade aqui descrita...
bjs.

Horácio disse...

Aqui há uma ano..., era assim: "Ah! Como sabe bem acordar e respirar o ar da extensa madrugada!
Trazer as mãos cheias desse mais nada que a vida ensaia
e que a ciência não fala."... e continua a ser.

aquele abraço Jorge.

Horácio

Azul disse...

Parabéns por seres quem és e teres a coragem de te dizer desta maneira tão bela e sofisticada que é a tua. Não conheço mais ninguém assim. Talvez porque não exista mesmo mais ninguém assim. Talvez porque só tu me fertilizas desta forma tão nobre. Parabéns pelo blog absoluto que aqui nos apresentas. Parabéns, parabéns, parabéns. Um beijo. Azul.