quinta-feira, outubro 20, 2005

26


para ti, Céu
como tudo o que sou
é teu
de mais a menos infinito,
qual "animal aflito"


encontrei-te
suspensa
na flor em que
te perdi.

vem
de olhos fechados
pelo vento
nas minhas asas
trémulas
de colibri.

não deixes
que o tempo
se esfume,
agora,
numa nuvem
escura arrastada
pela inércia
pura.

desce dessa
para outra flor
e renasce
nos olhos
ardentes do
colibri que te
segura.

10.06.03
(in
um barco de papel para Afrodite, 2003)

4 comentários:

Anónimo disse...

simplesmente lindo..

Horácio disse...

ah!, como é bom velejar neste barco de papel!

Horácio

lu disse...

Muito Bonito.Não vale a pena dizer muito mais. Quem é que pode dizer que quando escrevemos não é com o que sentimos?
Simples, com palavras simples.
Bonito.

E nós, leitores, a sermos guiados neste barco de preciosidades...

Mirabilis (ou Sherazade) disse...

A isto chama-se saber brincar com as palavras. Ou arte. Há quem lhe chame arte ;)