segunda-feira, setembro 12, 2005

mediocridade a carvão

Perder o sentido orientador da central mediania
da perfeição
derrubou do topo da memória os laivos
de passos sensatos que a intuição
planeara. Resta a desordem?
O lugar do futuro está sublinhado
a diamante. É um cubo perfeito. O centro é oco. Como guiar
a passada larga pela ilusória vacuidade do mundo?
Ultrapassar a nobre vileza da condição
oferecida a troco de vida
conduz a liberdade à clausura de se redefinir
a troco de quase nada. Que sobra?
Centros. Metades. Fulcros. Zénites.
Vácuos. Pontos insuspeitos.
Nós cegos.

Ago.29.MMV

4 comentários:

Anónimo disse...

estou de volta a esta rotina boa.../
deixo beijinho e a promessa de que assim que me for possivel ... darei resposta á "missiva"
beijinho grande
www.lbutterfly.blogs.sapo.pt

musalia disse...

Dr. Faustus vendeu a alma ao diabo em troca da vida eterna...e o diabo já se tinha arrependido de ter caído em desgraça...

caminhar pela nossa medida, é o que temos a fazer...
beijos.

Azul disse...

Faço minhas as palavras da musalia, ainda que lhe acrescente o sublinhado do caminho do futuro estar traçado a diamante. Parece-me mesmo bem sabes? Um beijo. Azul.

Anónimo disse...

Gosto de poemas assim, nus, duros, definitivos.