Lisboa parada à espera...
à minha espera, como
uma mãe que se tivesse
esquecido de um berço
num hipermercado e só
agora, trinta anos idos,
lembrasse os parabéns
que não me deu.
caminhos conhecidos
que hoje me confundem
e que fizeram o rol
dos mistérios com que
cresci...
Lisboa à espera do sol...
ninfa inquieta deitada
na relva, de dorso nu
à beira de um rio,
diferente do de lágrimas
que a tristeza faz agora
desaguar rosto abaixo
por razão nenhuma
23.05.03
(in o mundo e um pouco mais, 2003)
3 comentários:
Belo poema. Destaco
"diferente do de lágrimas
que a tristeza faz agora
desaguar rosto abaixo
por razão nenhuma"
simplesmente belo
Jorge Vicente
Coincidências. Ia agora mesmo colocar aqui o extrato que o Jorge Vicente colocou. Apenas um destaque deste belo poema.
Vim só dizer que gosto de te visitar,Jorge.Um beijo e boa poesia e boa música no fim de semana.
Oiço neste momento um disco fabuloso- m+usica feira para a peça As Troianas de Eurípedes -ECM Records.Música de Eleni Karaindrou (cantado em grego -mas co a peça á mão vai-se lá...)
Enviar um comentário