I
não te lembras de certeza, mas foste já cristal
num rio de aurora sem nuvens
antes de outonares em ocres e terras queimadas
em sombras e tons pastel, foste a suspensão
da própria cor.
talvez disso te recordes, teres sido vulto de névoa
sobre planície de lençóis cálidos
para te avivar a memória deixo uma canção
sem letra nem melodia, somente o olhar
que a trauteia.
12 comentários:
também tu já foste nada, ódio, vazio
hoje, vínculo sóbrio, autêntico, puro
sabes como me encanta a natureza das coisas e a magia que uma mão pode trazer á nossa vida, quando em palvras somos parcos e menos aptos do que tu a usá-las para dizermos de nós o quanto te somos gratos...
belo texto o teu.
Um beijo terno. Azul
p.s. Duas moradas novas, pois decidi publicar os meus textos em ambientes diversos. Assim, o azul ficará para a pseudo-poesia; o amarelo para os ensaios humoristicos e o carmim, para me dar ao disfrute dos sentidos. Espero-te por lá, e aguardo sempre com espírito de aprendiza, os teus sábios comentários.
Aqui vão:
www.cemtruquesamarelo.blogspot.com
www.cemtruquescarmim.blogspot.com
Até breve. Azul.
olhar que fica.
secreto e íntimo.
________________
gostei tanto.
_______________.
beijo.
...tão especial...
adorei
Bjs*
e um bom fim-de-semana
Gostei tanto...
como sempre.
E sempre um prazer tao grande passar por aqui!
obrigada...
Beijinho
Do olhar da poésis.
há muito não vinha aqui. gostei de ter retornado.
deixo-lhe uma dica , procuras o gupo Tord Gustavsen Trio. vais adorar a músicas desses caras.
um abraço
volto
della
vou visitar seu flickr
Olá, J.
Queria dizer-te que me lembro de tudo, mas que fingo não ver esse olhar - porque a memória me pesa.
Beijo.
dias a dias
a gente entrega asim um corpo a outro
na esperança que ele o devolva roído
de ossos
e tristezas e
no final
os dias são a sombra exacta dos teus olhos
o momento certo em que uma dor
qualquer
maior que a vida toda
se interpôs entre mim
e ti
sei
: há esse quotidiano de mãos
que se afundam na distância
e beijos por dar
sempre por dar
:há essa fronteira de vidro
inquebrantável fronteira de vidro
e casas de onde semeamos as palavras como segredos
e, é verdade,
uma andorinha nunca basta
para toda a primavera
como poderíamos, então
crescermo-nos
um no outro?
(temo ter-te já dito demasiado)
o que na verdade acontece é
tangível apenas
no pensamento.
R.E.
a sua simplicidade encantou-me.
Cordda
Hum... Isto é um impressionismo tipicamente debussyano....
Quando é que pensa meter algum Bártok ou Stravinsky por aqui?
(lá estou a armar-me em esperto, algo de que não me consigo curar!)
... e no entanto, apenas nos sons das palavras, posso adivinhar a melodia!
Bjicos
Há uns dias sonhei contigo. Vinha a sair de uma conferência, descia as escadas para a rua e quando tocava o último degrau, senti tocarem-me no ombro, eras tu e foi só aí que me apercebi que tínhamos estado ambos na mesma sala sem que me tivesse apercebido. Abracei-te imediatamente e lembro-me de ter sorrido imensamente. Perguntaste-me "como estás minha querida" e eu não me queria separar de ti, respondi "tenho saudades tuas", depois, tivemos de nos deixar...
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