são os minutos reverberações
do teu pulsar calmo e apaziguador
são os anos o deserto
de todas as miragens que desenho
sê para mim mais que o tempo
que conheço e inventoé o mês o rio que dos meus olhos
desce para o teu ventre e aí se evapora
são as horas ramos esguios de fantasmas
que a noite esboça se te não sinto
são os séculos planícies onde apascento
a alma que rumina sem fim
sê para mim mais que o tempo
que componho e destruoé o segundo o fulgor de te intuir
são os meses todos, todas as semanasaninhadas em torno do teu cabelo,
o berço que te embala o regresso
são centelhas de morte
os batimentos da acelerada pulsação
quando de novo te dou à luz
sê para mim mais que o tempo
que choro e esqueço
dez: 08, MMXI
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