segunda-feira, abril 18, 2005

ex-libris da tugosfera

Foi pela mão da Moriana que a iniciativa chegou até mim. Não consigo já descrever o percurso anterior desde a inicial ideia. Sei que me deu prazer passar o testemunho também. Aqui fica a minha contribuição para este "levantamento bio-bibliográfico tugosférico"

_______


Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?

Um livro em branco aos olhos do poder – um poema para os despertos.

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?

Desejei muito que a Agnés da “Imortalidade” existisse de facto. Não me apaixonei por ela, mas pelo que o Kundera nela viu. “Adriano” passou a significar algo de muito intenso depois da Yourcenar. Clarissa, Laura e Virginia, marcaram, colorindo, um olhar sobre A Mulher pela mão de Cunningham.

Qual foi o último livro que compraste?

Casa na Duna, de Carlos de Oliveira; A Mancha Humana, de Philip Roth; Camões: Labirintos e Fascínios, de Aguiar e Silva

Qual o último livro que leste?

Os Demónios de Kraven, de Alan Isler

Que livros estás a ler?

Casos do Beco das Sardinheiras, de Mário de Carvalho; Menina e Moça, de Bernardim Ribeiro; Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco; A Vaga de Calor, de Urbano Tavares Rodrigues; Granta nº 87; Discurso da Narrativa, de Gérard Genette; O Rei, o Sábio e o Bobo, de Shafique Keshavjee; A Angústia da Influência, de Harold Bloom;...

Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?

1) A poesia e a ficção de Jorge Luis Borges, a poesia de Pedro Tamen (e, quem sabe, a sua tradução de Proust, dado o tempo que provavelmente teria), a poesia de Al Berto.

2) As Cidades Invisíveis, e demais fantasias de Italo Calvino (devia haver edições com a obra completa num só volume para o caso de emergências como esta).

3) Os romances do Umberto Eco, para reler um após outro (acho que escondia os Limites da Interpretação no meio dos romances).

4) O Ser e o Nada do Sartre, Ser e Tempo do Heidegger, Verdade e Método do Gadamer, Investigações Filosóficas do Wittgenstein e Diferença e Repetição do Deleuze, preencheriam com toda a certeza as horas mais longas.

5) Cadernos em branco, para expandir os livros que levasse para outras páginas, para outros sonhos.


A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?

À Azul, pela cumplicidade de tantas leituras, pela partilha de tantas ideias, pelo fascínio de tantos anos.

À Helena, pela empatia das palavras que lhe leio, pela beleza e profundidade do que nos comunica.

Ao Alexandre, que nos leva com ele para tantos recantos do mundo, como livros para uma ilha deserta.

4 comentários:

Anónimo disse...

Também foste apanhado...por esta onda.

Uma boa forma de nos darmos a conhecer, pelo menos, os gostos literários...

Abraço :-9

blimunda disse...

deixei-te um miminho no ante mare...

A. Narciso disse...

Desafio aceito amigo Jorge
Abraço

hfm disse...

Estou fora de Lisboa e vi agora que fui "apanhada" por ti e pelo António do Local e Blogal; quando voltar prometo responder. Um abraço