domingo, fevereiro 18, 2007

impromptu I - introspecção

sou um espelho sem forma fixa

sou uma luz sem sombra constante

sou um deus sem obra criada

sou uma esfera sem perfeição

sou perfeição sem divindade

sou o que construo do mundo em mim

sou o que o mundo destrói em mim

sou o afecto que não sentes

sou o que sentes no lugar do afecto

sou o vazio que deixas quando aprendes a viver

sou o peso do que me deixas quando queres morrer

sou um em mim e tudo sem mim

sou assim


16.12.01
(in
despojos de lume e de medo, 2001)

13 comentários:

delusions disse...

Eu adorei esta introspecção.

Bjs*

hfm disse...

Gosto deste "assim".

Anónimo disse...

Tinha saudades deste poema...
Beijo grande.

Anónimo disse...

és um espelho.


perfeito.



de ti.




beijo..................!







Ysa.

Rita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rita disse...

Introspecção de beleza rara, como tudo o que é mundo em ti. :)

Aqui, deste lado bebo as tuas palavras e sorrio.

Um beijo, grande.

Rita

Anónimo disse...

procurava a sépia...

encontrei o belo


(saio sem saber quem é)

enfim...

Anónimo disse...

és especial *

Moinante disse...

Fizeste-me recordar o nosso reflexo na água parada ...

Um abraço fraterno , e um bom fim de semana .

Só hoje pude pôr em dia toda a leitura , e colocar um novo episódio,do meu Pseudo blog romance

hfm disse...

Vou sentir a falta das tuas palavras.

Anónimo disse...

boa noite. março chama-te. volta! beijo.

Moinante disse...

Nada de novo , mas deixo aqui os votos de um bom fim de semana .

Rosario Andrade disse...

Bom dia!
...sempre as tuas palavras a ecoarem nas paredes do que sou. Sinto-as e sei-as. Porque sao lascas da escultura que vais fazendo na alma...

Bjicos